Auditorio – Convento de San Francisco
Descrição
Capela de Benavides
A capela maior ou de Benavides foi a mais danificada pelos sucessivos infortúnios e só resta o lado esquerdo, constituído por um retábulo de pedra, com dois relevos que representam a Adoração dos Reis e dos Pastores, e as capelas inferiores com personagens do Antigo e do Novo Testamento. Esta capela funerária foi uma das grandes criações de Vandelvira e, no interior do templo, resta como um elemento autónomo, estilisticamente distinto do resto.
Um grande desastre, o grande terramoto de Lisboa de 1755, que foi fortemente sentido numa grande parte da Andaluzia, rachou a abóbada da capela principal e teve de ser desmontada para reparação, trabalho que foi interrompido posteriormente pela invasão napoleónica. A igreja de cruz latina ainda permanece, à qual se acede por um grande arco semicircular que emoldura toda a fachada, com relevo de San Francisco e um tondo com a Virgem, que, hoje, leva a um grande auditório. O claustro do convento também está conservado, com uma escadaria de três arcos e formado no rés-do-chão por arcos moldurados semicirculares em pilastras. A secção superior tem janelas retangulares, duas das quais estão coroadas com medalhões. Hoje em dia, o claustro é utilizado como hotel.Busto de Andrés Vandelvira
No exterior, podemos observar um busto de Andrés de Vandelvira, obra de Antonio Perez Almahano, que foi inaugurado em 2018 para celebrar o 15.º aniversário da declaração de Baeza como Património Mundial. A estátua do engenheiro, que parece estar a observar a sua obra, foi instalada no espaço livre circundante das conhecidas Ruínas de San Francisco. O objetivo desta escultura é divulgar e reconhecer a obra do arquiteto, figura fundamental no desenvolvimento de Baeza, no século XVI. Andrés Vandelvira nasceu em Albacete, em 1505, e foi instruído pelo seu pai, Pedro, que tinha estudado em Itália. Também pôde aprender com o mestre pedreiro Francisco de Luna, ao casar com a sua filha, Luisa. Além deste convento, a sua obra está patente em grande parte da Baeza renascentista. Vandelvira morreu em Jaén, em 1575.